20 de março de 2013

Exposição "O Estado Novo e a Mulher"



Mostra cedida pelas Bibliotecas Municipais de Lisboa
Patente até dia 4 de Abril | 1º piso da BMCB


O Estado Novo, à semelhança das ditaduras nazi e fascista, instaladas na Europa nos anos 30, abordou a questão da mulher como uma questão de estado. O Programa, o discurso e as práticas relativas à formação de uma elite feminina e à organização e mobilização das mulheres manifestam o empenho ideológico do regime no género.
A Obra das Mães para a Educação Nacional (OMEN), a Mocidade Portuguesa Feminina (MPF) e o Movimento Nacional Feminino (MNF), em contextos diversos, constituíram frentes fundamentais do regime. As primeiras no processo de consolidação, a última no esforço de apoio psicológico à guerra colonial que prenuncia a agonia do Estado Novo.
Através de todas elas, o protagonismo feminino surge associado à função sagrada da maternidade, cuja simbologia é a bandeira do regime erguida contra o feminismo e a emancipação, obsessivamente combatidos, ao mesmo nível que a democracia. Está ainda por estudar a dimensão do investimento ideológico e político do Estado novo através do género feminino. Este texto constitui uma abordagem para história que urge fazer. No mesmo processo em que vamos fazendo outra história. Da nossa liberdade.











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